TESSALÔNICA E A IMPACTANTE DELFOS - Viajando Conosco

Seguidores e Seguidoras,

Se tivéssemos que  sugerir a alguém apenas dois lugares na Grécia, além dos museus, que merecem ser visitados, não hesitaríamos. Seriam Meteora e Delfos. Poucas coisas no mundo hoje podem nos impactar tendo em vista a quantidade de coisas maravilhosas, importantes e inacreditáveis que já vimos mundo afora. Por isso, aqui só destacamos esses dois lugares. Sobre Meteora já fizemos a postagem anterior, com muitas fotos para ilustrar o que vimos. Nesta, além de Tessalônica, tentaremos dar a todos as impressões sobre a maravilhosa Delfos.

No domingo, depois de uma noite e de um café maravilhosos no Hyatt de Tessalônica, fomos conhece-la. Foi meio decepcionante ver o desapego e o descuido que eles têm por sua história e por seus sítios arqueológico. Do pouco que restou, tudo está pichado e serve de estacionamento para carros e  motos. Aliás, pichação é o esporte preferido dos gregos. Em todas as grandes cidades, como Atenas e Tessalônica, é difícil encontrar um prédio que não foi sujo e pichado.

Tessalônica, também chamada de Salônica, é a segunda cidade da Grécia e foi fundada pelo rei Kassandros em 315 a.C. Capital da província romana de Macedônia Prima a partir de 146 a.C., depois tornou-se parte do Império Bizantino. Em 1430 foi tomada pelos turcos, que a ocuparam até 1912. Hoje é uma cidade cosmopolita e importante centro religioso.

Na Paralía, área à beira do mar, ergue-se uma das mais famosas atrações locais, a Torre Branca. Erigida em 1430, é uma das três torres acrescidas pelos turcos às muralhas da cidade. O Arco de Galério foi erguido em 303 d.C. pelo imperador Galério em comemoração da vitória contra os persas e constitui o principal legado arquitetônico do período romano. Apesar disso está descuidado e pichado como verão das fotos. Ao norte do arco fica a Rotunda, suposto mausoléu de Galério. Hoje fechada e em reforma, abrigou no passado uma igreja e uma mesquita.

Demos uma caminhada pela beiramar desde a sua rua principal e mais bonita até a Torre Branca. A cidade estava agitada com competições náuticas e estava toda nos bares  da beiramar, fumando muito, com é natural por aqui, e conversando. Depois entramos na cidade para apreciar os seus principais sítios arqueológicos, todos com cara de abandonados. Por isso, não vale o tempo gasto para ir até lá, tão distante ao norte, salvo pelo fato de que conhecemos mais essa região do país.

De lá, pela A1, a nossa BR 101, cheia de obras de recuperação e esperando por outra que está parada em função da crise em que a Grécia vive, nos dirigimos em direção a Delfos. Sempre por regiões montanhosas, a tônica de toda a Grécia e passando por cânions e paisagens exuberantes de altas montanhas, ainda no alto, esperávamos descer até a planície onde imaginávamos se localizaria Delfos. De repente, lá no alto vimos um movimento de pessoas e carros parados no acostamento quando nos demos conta que Delfos era ali mesmo. Uma paisagem que se assemelha, em exuberância, à de Machu Pichu, no Peru. Um lugar de tirar o fôlego.

Nos tempos antigos, acreditava-se que Delfos era o centro da Terra. Reputado como morada  de Apolo,  a partir do século 8º a.C. o local atraiu fiéis em busca de conselhos daquele deus. Com a ascensão política de Delfos no século 6º a.C. e a criação dos Jogos Pítios - festividade cultural, religiosa e esportiva - a região ingressou em seu período áureo, que duraria até a chegada dos romanos, em 191 a.C. O famoso oráculo de Delfos foi extinto em 393 d.C., quando o cristianismo estabeleceu-se como religião oficial.

O Santuário de Apolo, também conhecido como Precinto Sagrado, constitui o centro do complexo. Uma das paisagens mais notáveis daqui é o Templo de Apolo. Neste lugar erguia-se um templo cujas ruínas visíveis hoje remontam ao século 4º a.C. No caminho entre a entrada do santuário e o Templo de Apolo fica a Via Sacra, no passado ladeada por aproximadamente 3000 estátuas. Valeu muito a pena subir até o topo da encosta para apreciar o muito bem conservado Stadium. A atual estrutura data dos tempos romanos e a maior parte das arquibancadas permanece intacta. É incrível apreciar as arquibancadas intactas, daquela época, tanto do Stadium como do Teatro, outro lugar magnífico, sem imaginar as pessoas, há mais de 2000 anos, ali se divertindo.

Do outro lado da estrada, montanha abaixo, o Prescinto Marmaria, ou depósito de mármore, abriga o Santuário de Atena Pronaia, que sempre aparece nas fotos oficiais de Delfos. Ali, o monumento mais importante  é o Tholos que data de 4º a.C. A função daquele estrutura circular, originalmente cerca por 20 colunas, é desconhecida.

Vale muito a pena visitar, também, o Museu da Delfos Antiga que contém notável acervo de esculturas e vestígios arquitetônicos.
Um lugar mágico, notável, impactante que não pode deixar de ser visitado por quem passar pela Grécia.

Depois de extasiados passar um tempo curtindo Delfos, seu museu e sua exuberante paisagem, dormimos na pequena cidade de Delfos, perto das ruínas, no Olimpic, um hotel simples, mas com excelente cama e um visual do vale indescritível.
Ontem, depois de mais uma olhada naquele sítio arqueológico incrível, ficamos felizes por ser ali o fechamento nobre desta viagem por cinco países. No relatório final da viagem, que sempre fazemos já de volta no Brasil, daremos as impressões que ficaram sobre a República Tcheca, Eslováquia, Eslovênia, Croácia e Grécia.  Destacaremos, certamente, os altos e baixos de cada um deles, deixando aqui registrado para que os que virão prá cá depois de nós, tenham esses elementos em conta. Agora já estamos em casa com atraso de 08 horas por causa da greve dos pilotos no dia de ontem. Esta postagem foi feita com atraso em decorrência dos problemas de sinal de internet, muito comuns na Grécia. Em breve, o resumo final da viagem. Muitas dicas imperdíveis estarão lá. Não percam. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

Esta e as próximas são da mais bela rua de Tessalônica e de sua beiramar
No domingo, competições náuticas na beiramar
A Torre Branca
Resquícios da muralha quer cercava Tessalônica
A Catedral
O Arco de Delfos, no centro da cidade
O descuido do povo de Tessalônica com seu patrimônio arqueológico: Pichações e estacionamento
A Rotunda
O muro da Rotunda todo pichado. Rotina na Grécia inteira.
O Palácio de Galerius com a sua apresentação toda pichada
A Rodovia entre Tessalônica e Delfos
A Delfos antiga
Resquícios do aqueduto
O Teatro, com arquibancada original
A linda paisagem que cerca a cidade antiga de Delfos
O Stadium, com arquibancadas originais
No museu de Delfos o topo do minarete cuja foto está abaixo
Esta e as próximas, mais partes do minarete da foto acima
O topo da coluna abaixo
A perfeição dos pés da escultura
A maquete da Delfos antiga
A vista desde a suite do Hotel onde ficamos em Delfos
Esta e as próximas são do Santuário de Atena Pronaia, do mesmo conjunto mas mais abaixo da montanha onde está a sede da antiga Delfos
A Delfos antiga vista desde o Santuário
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